Chegando a condução a van tinha seu motorista, claro, e uma guia e o veículo já tinha alguns turistas que iriam participar do passeio, além de mais alguns outros que iríamos buscar em outros hotéis e pousadas. No caminho para nosso destino inicial, a guia explicava sobre o vinhos, os tipos, quantas vinícolas existiam em Mendoza (quase 900).
Exacerbações patrióticas a parte, todo brasileiro gosta de levar no peito a bandeira ou o mapa do Brasil na camisa, alguns mais exagerados gostam de carregar bandeiras enormes como se estivessem nas olimpíadas de fato representando seu país. Sem beirar o exagero, eu havia comprado uma camisa, ainda no Brasil, que tinha não só o mapa do meu país, mas também um “X” sobre a o Recife, de forma tal que eu poderia mostrar onde eu morava as pessoas que fizessem cara de desdém quando eu falasse o nome da minha cidade natal. O que parecia ser uma forma não exagerada de levar meu país no peito se mostrou uma idéia um pouco perigosa em duas situações. Em uma delas, neste mesmo dia, eu estava caminhando pela rua quando um cara de aspecto estranho se dirigia para mim perguntando onde era a praça da independência. Quando eu disse que ela ficava atrás dele, ele continuava perguntando e vindo na minha direção. Aquela situação estranha me fez falar em tom mais forte: “detras de usted, bien?! E o camarada meio desconcertado deu meia volta e seguiu. Bom, até ai talvez nenhuma relação com minha camisa, mas quando parei para comer um cachorro quente , um cigano parou do meu lado e perguntou se eu era brasileiro. Desconversei e virei o rosto. Esse mesmo cigano havia tentado me abordar um dia antes mas, como eu estava caminhando, dei meia volta. Coincidentemente encontrei o German e a Mariana enquanto comia e conversamos um pouco, programando algo para fazer, enquanto o cigano abordava uma pessoa que estava comendo em outra mesa. De alguma forma na qual não entendi bem, o cigano persuadiu o turista, pegou seu dinheiro e o turista saiu furioso com o mesmo. Naquele momento decidi seguir caminhando com meus amigos para o destino a qual eles iriam. Andamos cidade acima e fomos ao aquário municipal, ver peixes.
Voltamos caminhando pela cidade e conheci melhor sua história. Mendoza ficava numa região onde os terremotos eram constantes e muitas de suas construções histórias haviam sido demolidas por esse fenômeno da natureza. Demos uma passada na rodoviária para que meus amigos comprassem antecipadamente suas passagens de volta pra casa, e voltamos para o hostel.

As pessoas do hostel, em sua maioria eram peregrinos, pessoas de passagem que viviam pelo mundo mais pelo prazer da viagem do que de curtir o lugar. Não havia pessoas como o Cristian que gostavam de uma balada, e pelo visto meus dias em Mendoza não seriam agitados. Sai a noite com o German e a Mariana para jantar em um restaurante mexicano, conversamos um pouco e bebemos. A certa altura da noite, eu e a mariana, os únicos que bebiam do trio, estávamos perguntando como se falavam algumas palavras de baixo calão na língua do outro. Muitos risos e descontração, o German participava da conversa de forma mais contida. Voltamos para o Hostel e fui direto para a cama. Vale salientar que eu estava para alcançar mais um índice olímpico: o de mais dias sem tomar banho.
Notas:
Site sobre vinhos
Guia de Vinhos em Mendoza
Bodega e Viñedos Cavas de Don Arturo (não possui website)
Franklin Villanueva, 2233 - Lunlunta - Maipú
Mendoza - Argentina
Tel: 0261-4963858
154538854 - 154540843
e-mail:cavasdonarturo@yahoo.com.ar
Bodegas e viñedos Carmine Granata
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